A R Q U I P É L A G O
Publicação . dissertação de mestrado | impressão laser sobre papel reciclato 90 g/m² | cor | 25 x 21 cm | 220 pg | 2016
Atendendo aos objetivos de uma pesquisa experimental em artes visuais, um pesquisador embarca rumo a um arquipélago ainda a ser descoberto. As biogeografias das dez ilhas encontradas por ele se fazem de hibridismos de ideias, livros, objetos, plantas, animais, crenças e ciências, que rearticuladas em um oceano metafórico, oscilam suas naturezas entre a realidade e a ficção. O ponto natural-geográfico de partida dessa expedição náutica imaginária é a ilha de Florianópolis (SC). É dessa natureza habitada que demandam grande parte desses outros lugares em estudo e descobrimento, compostos a partir de uma fabulação científica – ou uma ciência ampliada – campo de livre experimentação para inúmeros dados, formulações e contextos articulados em fluxo de ritornelo. O meio impresso foi desde o início pensado como um suporte expositivo de primeira ordem. Nessa incursão de deslocamentos e medidas mais abstratas e textuais do que geográficas e literais, merece ainda destaque a sua busca pelo espírito do texto, evocando o fogo que confere ânimo vital ao que produzem certos pesquisadores, artistas e escritores, quando momentaneamente se encontram capazes de habitar outros lugares, corpos e realidades. O mesmo vale para atravessar qualquer oceano, real ou ficcional – é viagem que se faz expandindo a razão e os sentidos. O horizonte é um falso infinito e abriga ainda todo o invisível.
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